quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tragédia no centro do Rio de Janeiro


RioHoje às 16h40 - Atualizada hoje às 18h31

Homem desaparecido em desabamento no Rio atendeu celular de madrugada
Jornal do Brasil

      A apreensão para encontrar os desaparecidos no desabamento dos três prédios no Centro do Rio continua intensa para muitos parentes das vítimas. A jovem Tatiana, que não revelou o sobrenome, aguardava trêmula na Câmara de Vereadores por notícias do noivo, o biólogo da Petrobras Flávio Porrovzi, de 30 anos, que fazia um curso de informática em um dos prédios que ruiu. Na madrugada desta quinta-feira (26), ela conseguiu ligar para o noivo, que atendeu e só pôde dizer "Oi, meu amor", antes que a ligação perdesse o sinal e fosse cortada.
      O tio de Flávio, Ricardo Porrovzi, que também está no local, confirmou que Tatiana falou com o noivo por volta de meia noite e meia, cerca de três horas depois do desabamento. Flávio teria atendido a ligação da noiva, mas logo depois o sinal se perdeu e a conexão foi cortada. Desde então, ela não conseguiu mais falar com o biólogo. 

Câmara de Vereadores como refúgio
      A Câmara dos Vereadores do Rio se tornou refúgio dos parentes dos desaparecidos nos desabamentos dos três prédios no Centro do Rio. Da sacada, muitos choram enquanto outros rezam na esperança de encontrar seus entes queridos vivos. O ambiente no local é de muita confusão e atordoamento.
      O aposentado José Alves recebeu ontem, em Cabo Frio, a noticia de que sua prima, a administradora Ana Cristina Farias, de 50 anos, estava entre os desaparecidos. Ela trabalha no escritório da empresa Ábaco, que se situa no Edifício Liberdade, na Av. Treze de Maio. José viajou ainda na noite de ontem para o Rio e se juntou ao restante da família na Câmara para esperar por notícias de sua prima.

      “Já estive no local e não vejo nenhuma probabilidade de encontrar minha prima com vida”, contou, muito emocionado, o aposentado.
      Segundo parentes de vitimas ouvidos pelo JB, uma equipe de psicólogos e médicos está prestando atendimento aos parentes das vítimas desde a noite de ontem.

      Até o início da tarde desta quinta-feira, havia a confirmação de cinco mortos e seis feridos. Entre os mortos há três homens e duas mulheres. Os Bombeiros ainda buscabam por 17 pessoas desaparecidas

Advogado: “Parecia uma turbina de avião”

      O advogado Claudio de Taunay, de 33 anos, tem um escritório de advocacia em um prédio vizinho ao Edifício Liberdade, na Av. Treze de Maio. Ele conta que ouviu um tremor muito forte e conseguiu descer do 16º andar até o 7º, mas a partir desse pavimento a escada estava bloqueada por entulho e não era possível prosseguir. Claudio disse que voltou ao seu andar e ficou esperando a chegada do resgate.
      Segundo o advogado, seu maior medo era ter morrido. Ele teve dificuldade em compreender a situação.
      “O barulho parecia uma turbina de avião. Era assustador”, disse. “Só quando desci que entendi que o prédio realmente tinha caído”.

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Confira abaixo fotos do jornal O Globo.


O leitor André Luis Antunes fez uma montagem com fotos do ‘antes’ e ‘depois’ do desabamento no Centro do Rio
Foto: Foto do leitor André Luis Antunes


A fumaça tomou a região da Cinelândia na manhã desta quinta-feira
Foto: Foto da leitora Sílvia Knapp

Momentos após o acidente, a leitora Camilla Carvalho registrou a chegada das equipes de resgaste
Foto: Foto da leitora Camilla Carvalho



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