Flávio Cure Palheiro
Mais um problema volta a ser associado às lâmpadas fluorescentes, especificamente as compactas. A possibilidade de provocarem câncer de pele para aqueles que ficam expostos às suas radiações é relatada no site da Cleveland Clinic esta semana. Pouco tempo atrás pesquisadores da Stony Brook University, nos Estados Unidos, também abordaram o tema. Eles mediram as emissões de raio ultravioleta (UV) e a integridade dos revestimentos de fósforo de cada lâmpada. Identificaram níveis significativos de UVC e UVA, que supuseram ter origem em fissuras dos revestimentos de fósforo, em todas as lâmpadas estudadas.
Os riscos são pequenos, segundo os estudiosos, mas é mais um fator que devemos considerar no nosso cotidiano e atuar preventivamente. Afinal, esses estudos servem justamente para isto. Para nos alertar e ajudar nas definições de nossos hábitos. Há especialistas que asseguram que a lâmpadas são seguras nos níveis de luminosidade do cotidiano, que fica na casa de 500 lux, só seriam preocupantes acima de 2.000lux, valores encontrados em centros cirúrgicos ou laboratórios. Esses especialistas dizem que um minuto de exposição ao sol equivale a oito horas de exposição às lâmpadas nos escritórios.
Os estudos que foram feitos com células da pele indicaram o risco, ao mesmo tempo que isentaram de riscos as lâmpadas incandescentes, que nos últimos anos têm sido apontadas como vilãs no consumo de energia. Uma das indicações é que se utilize as lâmpadas compactas protegidas por camadas de vidro, ou mantê-las a, pelo menos, três metros de distância e, ainda, não olhar diretamente para elas.
Os fatores positivos das lâmpadas fluorescentes têm sido destacados nos últimos anos e elas têm ganho mercado, especialmente devido às preocupações ecológicas e econômicas. Mas, mesmo aí, há de se ter precauções, pois o seu descarte exige controle. Essas lâmpadas contém gases e mercúrio, por exemplo, com alto poder poluente quando se quebram.
Algumas medidas que cada um pode tomar para minimizar riscos em caso de quebra, são manipular o material com luvas protetoras, acondicionar os pedaços em caixas fechadas, limpar a área com pano úmido e depois jogá-lo fora junto com o cacos. Juntar todo o material, adesivar uma caixa indicando o conteúdo e procurar descartar em locais apropriados, que, infelizmente aqui no Brasil são poucos.
Bom fim de semana e aproveite o sol. Com proteção, claro.
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