domingo, 10 de junho de 2012

Luiz Martins: Aumento de carga horária nas escolas

O Dia


Rio -  O Ministério da Educação (MEC) preparou uma proposta direcionada ao Congresso Nacional com o objetivo de aumentar a jornada escolar. A meta é, em cinco anos, ampliar a duração da carga diária de aulas de quatro para cinco horas; em 10 anos, para seis, e em 15 anos, para sete. Paralelamente, o Plano Nacional de Educação propõe que 50% das instituições públicas de Educação Básica ampliem sua jornada até 2020.
Diante dessa demanda, se o projeto não for cuidadosamente planejado, pode haver risco de as crianças receberem um atendimento meramente assistencialista, fora do projeto pedagógico da escola e, às vezes, fornecido por quem não possui formação para lecionar. Além disso, há também as questões de aproveitamento do espaço e do tempo disponíveis.
O trabalho docente requer formação e qualificação na área de Educação, não deve ser exercido por profissionais de outras áreas ou por pessoas envolvidas em projetos de apoio à escola. Isso desqualifica os processos educacionais e a profissão de professor.
Consequência da proposta do MEC é a inserção de novas atividades educacionais nesse tempo extra. Portanto, pode ser necessária a contratação de profissionais não docentes. É imprescindível a integração constante entre estes, os professores e os demais membros da equipe pedagógica, de forma a garantir o desenvolvimento dos temas geradores, a continuidade do trabalho pedagógico e o alcance de seus objetivos.
Além disso, é importante reorganizar e reestruturar o espaço e o tempo, contemplando as atividades tradicionais e as que serão introduzidas no currículo.
O projeto poderá trazer muitos benefícios, pois, ao aumentar a permanência na escola, trará mais atividades que contribuirão para o enriquecimento da formação desses estudantes.
Deputado estadual pelo PDT e membro da Comissão de Educação da Alerj

Comentário do blog: isto parece até piada, pois, nestes 22 anos de profissão o que mais tenho visto é falta de profissionais nas escolas. Ano após ano há turmas que "passam" de ano sem terem tido aulas, ora de matemática, ora de português, etc.. Neste ano mesmo, na escola municipal na qual trabalho há turmas de 6°ano sem professores de português e geografia.

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