Atenção
Em Julho estará em Campos Ivaldo Bertazzo da Cia. TeatroDança Ivaldo Bertazzo com o espetáculo Corpo Vivo – Carrossel das Espécies no teatro Trianon e com um workshop gratuito. Campos dos Goytacazes
Dias 16 e 17 de julho de 2011Sábado às 20h, e domingo às 19h
Entrada franca (retirada de convites do espetáculo na bilheteria 1h antes de cada sessão, mediante lista de confirmação).
Local: Rua Marechal Floriano, 211 - Centro Informações: (22) 2726-3500
Workshop e lançamento do livro Corpo Vivo - Reeducação do movimento com Ivaldo Bertazzo
Dia 17 de julho, domingo das 10h às 13h
Inscrições somente no site www.ivaldobertazzo.com
Após o workshop haverá o lançamento do livro Corpo Vivo - Reeducação do movimento.
As inscrições devem ser feitas no site: http://ivaldobertazzo.com.br/ficha-workshops/.
Sobre Ivaldo Bertazzo
O trabalho do professor Ivaldo Bertazzo, que estuda o corpo humano há 35 anos, vai além do espetáculo: difunde não só um método próprio de Reeducação do Movimento, como também oferece aos seus 18 bailarinos, jovens de periferia, a oportunidade de expressão e, ainda, aos profissionais de áreas multidisciplinares (fisioterapia, fonoaudiologia, educação física, psicologia etc.) e leigos, uma nova possibilidade de aprendizagem com workshops e oficinas. O projeto educacional de Bertazzo, iniciado com jovens da Favela da Maré, em 1999, inclui ainda o lançamento do livro, Corpo Vivo – Reeducação do movimento (o primeiro de uma série de três, das Edições SESC-SP).
As Leis de Incentivo à Cultura e o apoio da iniciativa privada têm sido de vital importância para a difusão do trabalho da Cia. TeatroDança Ivaldo Bertazzo, que originariamente surgiu com o Projeto Dança Comunidade, em parceria com o SESC-SP, patrocinado pela Petrobras e pelo Instituto Votorantim a partir de 2003, e da manutenção e profissionalização desses mesmos jovens no mercado de trabalho.
A crença em um mundo melhor não reside na utopia e sim num empenho cotidiano desse educador que teima em reeducar corpos, quer sejam eles de bailarinos ou pessoas comuns. Esse tem sido o grande desafio de Bertazzo que, como artista e professor, já emocionou multidões do Brasil e de outros países com espetáculos como Samwaad, Milágrimas, Mar de Gente e Noé Noé deu a louca no convés.
Sobre o espetáculo Corpo Vivo
Que espécie de animal é você? Homem, quadrúpede, pássaro? O que fazer quando a mente conquista beleza e liberdade e o corpo envelhece? Imagine se o homem tivesse a capacidade de regeneração dos répteis, que abandonam toda a pele e desenvolvem outra no lugar. Se pudesse andar pelas paredes e tetos, desafiando a lei da gravidade e mudar a cor da nossa pele de maneira camaleônica. E se continuasse a respirar debaixo d'água, mesmo depois de rompido o cordão umbilical? Como seria o mundo se o homem voasse? E se tivesse uma visão de coruja, o radar do tubarão, a velocidade de um lince e a força de um touro?
Perguntas como essas permeiam o espetáculo interativo de Ivaldo Bertazzo,
Corpo Vivo – Carrossel das espécies. De maneira lúdica e bem humorada Corpo Vivo traz para o palco uma das principais reflexões do homem: a preservação e a degeneração do corpo. Com roteiro de Marília Toledo, assistência de direção de Suzana Mafra e iluminação de Wagner Freire, o espetáculo pretende representar a evolução da espécie humana, comparando-a com a dos répteis, pássaros, peixes e quadrúpedes, por meio da dança, da música e de textos que percorrerão o teatro-dança. O ator Rubens Caribé dá vida à história de um monge que dedica a existência não apenas à filosofia, mas também a estudos sobre a anatomia de diversas espécies, com o objetivo de encontrar a perfeição. Em cena, os encontros possíveis desse monge e de outros personagens, como um maestro que dirige um coral de bichos, um professor de organização dos músculos da face com os animais que ele pesquisa, num embate de atração e inveja em relação as suas características.
A mezzo soprano Regina Elena Mesquita também dá voz a uma mãe, uma égua e uma camareira, num repertório musical insólito, que mescla Nino Rota, uma canção iídiche, The Carpenters e canções regionais brasileiras.
O espetáculo tem momentos de interatividade para que o público se dê conta da importância do corpo como o instrumento de todas as ações cotidianas, que passam despercebidas, mas que são vitais ao ser humano. A respiração, o ato de piscar, a deglutição, são ações mecânicas e involuntárias que nem passam pelo nosso pensamento no dia a dia. Mas se algo der errado com uma dessas ações, o corpo para.
“Quando fazemos a representação dos animais, falamos das múltiplas habilidades motoras, o pássaro e sua flutuação, o peixe, com a perfeita articulação entre a cauda e a cabeça e, o homem, com a capacidade de dormir em pé, por exemplo, e outras características que o diferenciam das demais espécies: a imaginação, sedução, a melhor pele, que permite que ele pinte, toque piano... O homem paga um preço pela sua excessiva verticalidade. Queremos aproximar o público de sua psicomotricidade, do funcionamento de seu próprio corpo já que os aspectos mecânicos e motores são as ferramentas de integridade e preservação do corpo humano. É inevitável que o corpo envelheça e a mente fique mais refinada. Como preservar a unidade?”, questiona Bertazzo.
Não perca essa oportunidade!
Fabiano Domingues