"Voltar à Vaca Fria": tudo começou na peça francesa "A Farsa do Advogado Pathelin", do século XV. A trama, de autor desconhecido, se desenvolve com um advogado chamado Pathelin, que defendia um pastor processado por comer carneiros de seu senhor. Em uma de suas cenas, o juiz chama a atenção do advogado para que pare com divagações infrutíferas e retorne ao assunto principal. Nesse momento, diz: "Revenons à nos moutons" ("Voltemos aos nossos carneiros"). Quando a peça foi traduzida para o português, segundo Ari Riboldi, no livro O Bode Expiatório, o carneiro virou vaca em referência a um prato servido em mesas lusitanas: a "vaca fria".
"Sopa no Mel": é o bom no melhor, uma oportunidade feliz, uma chance maravilhosa. Hoje pode parecer bastante estranho colocar mel na sopa (ou vice-versa), mas, no Portugal do século XVII, quando a expressão ganhou forma, "sopa" não era o prato que conhecemos hoje, e sim uma fatia de pão mergulhada em um caldo de carnes e legumes, segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, em Locuções Tradicionais no Brasil. Era um alimento muito básico, e não poderia haver luxo maior do que adicionar a ele um pouco de mel.
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