Rio - Todo gestor escolar dedica-se a pensar dia após dia nos diferenciais de suas instituições de ensino e a procurar formas de torná-los mais claros e evidentes. Mas há a ânsia de encontrar soluções que atendam às variáveis demandas do mercado, como tempo integral, esportes e inglês. Além de todos os serviços e complementos oferecidos pelas escolas, há uma lição de casa a ser feita. Em síntese, trata-se da qualidade do ensino.
Em um contexto que se mostra cada vez mais complexo para os educadores — afinal, educar hoje passa pelo desenvolvimento de habilidades e competências e pela formação de valores —, torna-se fundamental manter o foco na missão fundamental da escola, construir um alicerce sólido de conhecimentos.
Não se trata de um desafio simples para o gestor, pressionado em tantas frentes. Mas é preciso manter o centro de gravidade na qualidade pedagógica, ou todo malabarismo de marketing não vai funcionar.
Em um contexto cada vez mais competitivo, as famílias se voltam para a escola como a instituição que será capaz de garantir às novas gerações as melhores chances de realização. A cobrança por desempenho deixa de ser motivação interna das famílias ou dos colégios para ser, sobretudo, uma condição de inserção na economia globalizada, cuja principal moeda é o conhecimento.
É, portanto, em torno dessa coluna vertebral que todas as atividades da escola devem se orientar. Isso vale para a contratação e a formação de professores e demais colaboradores, a aquisição de novos materiais pedagógicos, a criação de infraestrutura, a definição do discurso interno e a divulgação pública da instituição.
Ao adotar a qualidade de ensino como ponto de partida e de chegada, os gestores acabam por perceber que essa âncora na missão principal da escola oferece um centro estável, reconhecido por todos. Agrega confiança e, aí, sim, confere a estabilidade necessária para que a escola se lance em novos voos.
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