terça-feira, 1 de novembro de 2011

1º de novembro de 1922: O triste fim de Lima Barreto

01/11/2011 - 10:30
Enviado por: Lucyanne Mano (Jornal do Brasil)
 
      Lima Barreto, 41 anos, morreu vítima de um ataque cardíaco fulminante. Embora tenha deixado um legado literário em contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária e memórias, morreu sem ter o reconhecimento de sua obra.
      Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio no dia 13 de maio de 1881. Mulato, de família pobre de escravos, teve uma infância difícil, agravada pela perda precoce de sua mãe. Os obstáculos, contudo, não foram suficientes para impedir que ele tivesse acesso aos estudos, alcançando com êxito a aprovação na Escola Politécnica para estudar Engenharia. O curso, contudo foi interrompido, logo após seu pai adoecer por sucessivas crises de loucura.
      Em 1904, começou a escrever a primeira versão de Clara dos Anjos. Rejeitado pela maioria dos escritores de seu tempo, Lima Barreto enfrentou muitos problemas para publicar seus livros. O primeiro foi Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de 1909, história de um anti-herói negro, em tom autobiográfico.
      Presa fácil do álcool e da vida boêmia, o escritor se internou no Hospício Nacional, em 1914, para onde voltaria cinco anos depois. Em 1915, no entanto, editou sua obra-prima: O Triste Fim de Policarpo Quaresma, que narra o destino trágico de um homem tomado pelo patriotismo ingênuo.
      Em 1918, manifestou seu apoio à Revolução Russa e, em 1919, foi recusado na Academia Brasileira de Letras. Morreu no Rio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário