quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sinceramente...

      Sinceramente, larguemos de lado a balela de que nosso país tem conserto. Basta uma leve olhada, de relance mesmo, nos jornais televisivos para constatar o fato. Porém, vamos apenas à um deles: meninos foram detidos em SP por assaltarem um hotel. Malandros em lei (muito mais que muito estudante de direito por aí), afirmavam que tinham menos de 12 anos de idade. Até aí tudo bem.
      Encaminhados para o conselho tutelar, promoveram verdadeiro quebra-quebra, resistiram, agrediram. São crianças vítimas da falta de oportunidades? Sem dúvida que sim. São vítimas de uma família omissa e incapaz? Óbvio.
      Apuradas as idades, constatou-se que duas destas crianças já eram maiores de 12 anos, procedendo-se ao encaminhamento de ambas aos órgãos competentes. MAS, E AS MENORES DE 12 ANOS, QUAL FOI O SEU DESTINO?
      Nós, profissionais da educação ouvimos falar, e muito, do famoso ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente. Graças à ele (segundo alguns, mais à uma interpretação equivocada do texto da lei, e não à lei em si) muitos desmandos são permitidos, pois o menor de idade (mesmo que seja um "adulto" de 17 anos) está protegido pela lei. Tudo para que ao menor seja garantido o melhor, e ao menor excluído socialmente a sua inclusão e proteção. Belo discurso.
    Mas, voltemos à pergunta que ficou no ar: E AS MENORES DE 12 ANOS, QUAL FOI O SEU DESTINO?  Rua, isto mesmo, foi permitido àquelas crianças seu retorno às ruas de São Paulo. Que proteção é esta? Que inclusão social é esta?
      O governo brasileiro é mestre ágil em cobrar, principalmente impostos. Mas na hora de cumprir suas obrigações torna-se mais lento que carro 1.0 na subida. Crianças abandonadas moralmente precisam de CASA E DISCIPLINA. Não cabe como justificativa para este ato insano de abandono oficial que a lei não permite forçar estas crianças a ficarem internas em uma instituição. PRECISAM, mas em uma instituição que lhes forneça uma rotina, estudo, lazer, comida e disciplina.
      Todos sabem quem é que estará sempre de braços abertos na rua para "acolher" estes pequenos infelizes duplamente abandonados.


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