Rio - Você sabe o que é resiliência? Não? Então precisa aprender. Resiliência é um termo da física, que trata da capacidade elástica de um corpo. Eu aprendi muito com a Claudia Riecken, uma psicóloga paulista, que criou um método de análise da personalidade chamado método Quantum. Cláudia explica a resiliência de uma maneira muito simples. Segundo ela, “uma pessoa resiliente é como uma esponja que você espreme e quando solta, volta à forma original, respira que é grátis e procura outros caminhos na vida.E tem gente que é que nem lata, a vida espreme e a pessoa fica assim, amassada”. E todos nós conhecemos gente tipo esponja e tipo lata.A propósito,qual é o seu tipo?
Claro que, para conviver com as dificuldades da vida, o ideal é nascer resiliente. Mas e se a pessoa não nasceu assim? O jeito, diz Claudia, é enfrentar ou aguentar a situação quando não dá para mudar. É aprender a entender as dificuldades da vida como um convite ao desenvolvimento, ao crescimento e não uma desculpa para estancar, ficar na dor e no silêncio. Gosto muito da expressão e da simbologia da frase “respira que é grátis” e a Claudia também. Ela defende que respirar e enfrentar e nunca desistir são as chaves do sucesso contra as dificuldades cotidianas.É claro que não é uma coisa assim tão fácil.As porradas chegam mesmo e as adversidades também. Mas o enfrentamento é possível e, desde sempre, a gente ouve o dito popular “fazer do limão a limonada”. Por que não experimentar? Porque é que tem gente que consegue e gente que não consegue? Porque, segundo ela, é também uma questão de postura e de atitude. “Se você olhar para o abismo, o abismo vai olhar para dentro de você. Se você olhar para o horizonte, o horizonte vai olhar pra dentro de você”. Na verdade, a resiliência é do humano, não escolhe classe social , gênero, nacionalidade ou cor. Basta recordar as grandes tragédias, do furacão Katrina às chuvas da serra fluminense.
Pessoas tão diferentes se reinventam e se reconstroem. De onde será que tiram esta força? De si mesmos com certeza, mas também do jeito de ver a vida,da capacidade de persistir, de querer e de sonhar. Aliás, sonhar é fundamental. Sem sonhos a vida não vale a pena.E sonhar é totalmente diferente de se iludir. Não é negar a dor nem a dificuldade. É chorar o que tem que chorar, fazer o luto que tiver que fazer, “ respirar porque é grátis” e seguir em frente. Também é preciso ter adaptabilidade, cooperação, pedir e aceitar ajuda de amigos , da família ou dos dois.E principalmente se reinventar. Aí você vai dizer: mas isto é lição de autoajuda. Pode ser. Mas se a gente não ajudar a gente mesmo, quem é que vai ajudar?
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