Ultimamente tem sido cada vez mais fácil observar o fenômeno da transformação dos nossos filhos em pequenos, mas vorazes consumidores. Meninas têm sido as vítimas mais frequentes da inconsequência e inobservância da realidade por seus pais.
Crianças de 4 anos utilizando saltos altos como se fossem adultas; mães carregando junto à si pequenas cópias de si mesmas; padronização de roupas e acessórios, em termos de tom (geralmente o rosa) e marca.
O maior erro dos pais é vincularem afetividade à toda e qualquer coisa que comprem para os seus filhos. Esclarecendo: todos nós sabemos que, pelo próprio processo de crescimento, crianças necessitam de roupas e calçados com certa frequência. Porém o erro está nos excessos, pois, mesmo sabendo que a criança os utilizará por um período pequeno, pais adquirem uma variedade extrema deles, inculcando nos filhos a lição do "ter muito".
Presentes só podem ser dados em datas especiais- aniversário, dia da criança e natal. Fora disto, os pais devem comprar roupas e calçados de forma discreta e racional, colocando-os no uso sem afirmarem para a criança que aquilo é um presente. Esta atitude desvincula o emocional- "prazer por ter"- dos objetos, reafirmando-os como tal: meros objetos de uso cotidiano.
Agora, se você acha natural ou necessário presentear seu filho o tempo todo, então crie um outro tipo de valor para ele: presentei-o sempre com um livro. Há livros adequados para todas as idades, e, além de não condicionar seu rebento ao consumismo, você ainda o estará abastecendo de informações preciosas para sua vida, além de estar criando nele o saudável hábito da leitura.
Não tenha dúvidas: é melhor transformar sua filha em uma intelectual do que numa "princesa familiar".
Não tenha dúvidas: é melhor transformar sua filha em uma intelectual do que numa "princesa familiar".
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